Estimulação cerebral em casa reduz depressão
Antes restrito a clínicas, método que usa impulsos elétricos é promessa para quadros duros na queda

Um dispositivo de eletroestimulação, que gera correntes elétricas 200 vezes mais fracas do que uma lâmpada, pode tratar casos de depressão refratária.
Em ensaios clínicos fora do país, o equipamento foi capaz de mitigar sintomas em pacientes que não respondem a medicamentos e psicoterapia.
Ao todo, 174 voluntários participaram do experimento, que mostrou que 45% dos que utilizaram a tecnologia se recuperaram do quadro, enquanto apenas 22% dos alocados no grupo controle relataram o mesmo.
“Cerca de 30% dos casos de depressão desenvolvem resistência aos tratamentos. Essas novas alternativas terapêuticas podem salvar vidas”, afirma o médico Acioly Lacerda, coordenador da Comissão de Estudos de Intervenções e Procedimentos em Psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
+ Leia também: Por que não podemos negligenciar o tratamento da depressão
Em plena atividade
Impulsos elétricos fracos surpreendem e combatem a doença mental
Não invasivo
Eletrodos colocados no escalpo estimulam o cérebro por meia hora várias vezes por semana.
Direto ao ponto
A corrente elétrica desperta o córtex pré-frontal dorsolateral, associado à tomada de decisões.
Lar doce lar
O dispositivo pode ser utilizado em casa, facilitando o tratamento de casos desafiadores.
Personalizado
Os cientistas apostam que ele pode ser adaptado às necessidades de cada indivíduo.
À disposição
Hoje em dia, a eletroconvulsoterapia e alguns fármacos são opções para quadros refratários.
+ Leia também: “Descobri em um exame por que não melhorava da depressão”
Acesse as notícias através de nosso app
Com o aplicativo de VEJA SAÚDE, disponível para iOS e Android, você confere as edições impressas na íntegra, e ainda ganha acesso ao conteúdo dos apps de todos os títulos Abril, como Veja, Claudia e Superinteressante.