Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Alimentos que causam prisão de ventre

Nossos hábitos à mesa influenciam muito o ritmo com que o intestino funciona. Conheça os alimentos que pioram a constipação

Por Thaís Manarini
Atualizado em 8 jan 2020, 11h45 - Publicado em 7 jan 2020, 10h39
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O primeiro passo para vencer a prisão de ventre — problema que afeta cerca de 20 a 30% da população brasileira — é buscar ajuda médica. No entanto, é bom ter em mente que hábitos de vida inadequados, especialmente a alimentação, são os responsáveis pela constipação em boa parte das vezes.

    Veja abaixo os principais componentes da dieta que estão por trás de um intestino preso. Para conhecer também os alimentos que ajudam a enfrentar esse problema, clique aqui.

    Arroz branco

    Se ele ocupar grande parte do prato, talvez o intestino se ressinta. “O arroz branco é pobre em fibras. Assim, ao ser consumido sozinho, é aproveitado praticamente em sua totalidade”, explica Ana Luísa Faller, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E, se não gerar resíduos, o alimento não colabora para a formação do bolo fecal. De acordo com a especialista, isso é essencial para estimular o intestino. Melhor, então, optar pela versão integral.

    “Mas as fibras podem vir de outros alimentos presentes na mesma refeição”, pondera Maria Tereza Beling, nutricionista que atende em consultório em Belo Horizonte e no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Daí a importância de recrutar leguminosas (como feijão), verduras e legumes no prato. Até sementes caem bem misturadas ao arroz.

    Itens ricos em farinha refinada

    Sabe o pãozinho branco do café da manhã, o macarrão do almoço e os biscoitos do lanche? Eles ajudam a trazer bastante farinha refinada para a rotina. O gastro e cirurgião Rodrigo Surjan, do Hospital 9 de Julho, na capital paulista, afirma que o ingrediente prejudica os movimentos intestinais e o fluxo da comida pelo órgão.

    “Escolher alimentos desse tipo ainda leva à diminuição do consumo de opções mais saudáveis e ricas em fibras”, completa. Para driblar possíveis atravancos, o primeiro passo é preferir receitas com farinha integral e, claro, distribuir fontes fibrosas ao longo do dia.

    Continua após a publicidade

    Carne vermelha

    Já notou como muita gente reclama de morosidade intestinal após um churrasco? “A carne vermelha tem uma digestão mais lenta quando comparada às demais”, explica Fabiana Aparecida Rasteiro, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

    Fora isso, sua colega Andrea Esquivel, do Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia, também na capital paulista, informa que, por ser pobre em fibras, o alimento é quase todo absorvido. “Assim, não gera volume fecal”, raciocina.

    Além de evitar abusos, o recado é associar o bife a uma porção caprichada de salada. Não despreze o vinagrete.

    Batata-inglesa sem casca

    Se ela estiver cozida ou em formato de purê, atenção — ainda mais se for colocá-la ao lado do arroz branco e da carne vermelha. Aí é balde de água fria no pobre intestino. É que, de novo, não tem matéria-prima suficiente para fabricar as fezes — culpa do miserê de fibras. E, se o cocô não se forma direito, o órgão não tem nadica para empurrar adiante.

    Continua após a publicidade

    Andrea recomenda priorizar a batata rústica, feita com casca e no forno. Outra sugestão é botar couve, brócolis e outros vegetais na refeição. Só não precisa ser radical. “Em uma dieta equilibrada, não há nenhuma indicação de retirar a batata do dia a dia”, frisa Maria Tereza.

    Refris e refrescos

    Hidratação é palavra de ordem para quem quer ter fezes bem formadas e que saiam do corpo sem esforço descomunal. Só que não adianta se entupir de refrigerantes e bebidas artificiais como néctares de frutas e refrescos. Eles são isentos de fibras e, para piorar, carregam elementos críticos à saúde, a exemplo de açúcar.

    “Os refrigerantes ainda dão gases e distendem o estômago e o intestino”, ressalta o gastroenterologista Ricardo Barbuti, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Eles não servem para nada. Só engordam”, afirma.

    Aliás, o médico aproveita para desfazer um mito: o de que bebidas à base de cola são bacanas durante uma crise de diarreia. “Na verdade, pode até piorar o quadro”, comenta. Para a médica Elaine Moreira, da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), compensa muito mais apostar na água de coco, que devolve ao organismo os minerais eliminados com as fezes.

    Continua após a publicidade

    Quando a constipação é sintoma

    Na maioria das vezes, a prisão de ventre é de causa primária — isto é, está ligada ao estilo de vida. Mas vale confirmar com o médico. “Já recebi paciente com queixa de constipação e, ao investigar, encontrei um câncer”, conta a médica Elaine, da FBG.

    Hipotireoidismo e distúrbios neurológicos são exemplos de outras doenças capazes de se manifestar por meio do intestino preguiçoso. “Alguns remédios, como antidepressivos e anti-hipertensivos, também podem levar à constipação”, nota o gastroenterologista Sergio Alexandre Liblik, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.