Em experimento da Universidade de Surrey, na Inglaterra, voluntários obesos foram divididos em dois grupos: um fez jejum intermitente e o outro cortou calorias do dia a dia. A meta era que perdessem 5% do peso. Quando todos atingiram o objetivo, os cientistas notaram que quem apostou no esquema do jejum via a concentração de gordura no sangue baixar mais rapidamente após a refeição.
“Porém, não dá para garantir que esse resultado se reflita em menor risco cardíaco“, pondera o nutricionista João Motarelli, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Apesar de os participantes que jejuaram terem visto a pressão sistólica e a diastólica caírem, o outro grupo também viu benefícios nesse quesito. “Ainda não possuímos evidências fortes para indicar o método a pacientes cardíacos”, conclui o nutricionista.
Uma estratégia vista com ressalvas
De acordo com Motarelli, a taxa de desistência de pessoas incentivadas a realizar o jejum foi alta nesse trabalho, algo observado em outras investigações. “Trata-se de um método difícil de seguir“, analisa. Daí, os ganhos, como o emagrecimento, podem ir por água abaixo. Fora isso, não há certeza se os benefícios perduram por um longo prazo.
Detalhes dos métodos usados na pesquisa
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