De Simplício Mendes, no interior piauiense, para a rede de supermercados St. Marche, em São Paulo, e, em breve, para outros cantos do país. É assim que ganha terreno e visibilidade um mel silvestre e livre de agrotóxicos produzido por apicultores no semiárido brasileiro.
Ele foi batizado de Mel Mesmo — Honey for Sure, na versão que será futuramente exportada — para deixar bem clara a pureza atestada por quatro certificações diferentes.
A marca é fruto de uma parceria da empresa de economia criativa Polvo Lab e a Comapi, a cooperativa de apicultores do município de Simplício Mendes.
“Capacitamos 250 apicultores para ganhar volume, qualidade e consistência na produção”, conta Gabriella Marques, uma das sócias do Polvo Lab.
O plano é expandir os negócios e melhorar a vida dos trabalhadores — apesar do conhecimento centenário do ofício e da preocupação com o ambiente, eles ainda enfrentavam condições precárias.
Do sertão para o mundo
O produto de origem piauiense segue hoje para supermercados da rede St. Marche, na Grande São Paulo, e também para o Armazém da Caatinga, em Juazeiro, na Bahia. Pela internet, é possível encontrar nos sites da Todosim e da Raizs.
Raio x do produto
As características do mel orgânico, segundo Sergio Medeiros, gerente da Comapi:
- Origem: Com períodos de chuvas (mais escassas) e seca bem definidos, a vegetação do semiárido confere particularidades ao mel, que também é livre de agrotóxicos.
- Aroma e sabor: É um “mel de mesa”, ideal para passar em pães e torradas e adoçar chás. Tem cheiro forte e sabor suave. Indica-se consumir até uma colher de sopa por dia.
- Aspectos nutricionais: Além de ser fonte de energia — bacana para quem vai se exercitar, por exemplo —, fornece vitaminas do complexo B e tem propriedades antimicrobianas.
- Certificações: O Mel Mesmo passou por análises no Brasil e lá fora. Tem selos de alimento seguro, orgânico, livre de transgênicos, rastreável e fruto de comércio justo.