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Sal integral é mais saudável do que o sal de mesa?

Promessa de substituto saudável a outros tipos de sal contém mais minerais, mas não é solução milagrosa

Por Clarice Sena
5 nov 2024, 15h16
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  • Com o consumo excessivo de sal associado a uma variedade de problemas de saúde, diferentes tipos de sal aparecem no mercado com a promessa de serem mais saudáveis que o normal. Depois da moda do sal do Himalaia, agora o sal integral tenta despontar como a opção com mais benefícios nas prateleiras.

    Saiba se essas vantagens se confirmam – e se vale substituir o sal regular pela versão integral.

    O que é o sal integral?

    O nome sal integral é apenas outra forma de chamar o sal marinho.

    A premissa não é mentirosa: ele é de fato integral, porque, assim como outros alimentos que levam esse rótulo, conserva todos os seus nutrientes originais. 

    No caso do sal integral, isso acontece porque o condimento não passa por processos de refinamento e branqueamento –  responsáveis por eliminar a contaminação de elementos tóxicos, como metais pesados.

    O sal marinho pode ser obtido de diferentes fontes, mas as principais são rochas de regiões litorâneas e minas subterrâneas. Ele geralmente é vendido em grãos de formato irregular que se dissolvem mais rápido do que o sal refinado.

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    +Leia também: Sal rosa do Himalaia traz mesmo benefícios ou é só uma tendência?

    Qual a diferença do sal integral para os outros?

    Em comparação, sal rosa, sal negro e sal marinho possuem quantidades semelhantes de sódio em relação ao sal refinado e ao sal grosso – a diferença está no processo de refinamento.

    Sem passar pelo refinamento e branqueamento, o sal integral pode conservar mais sais minerais do que o sal de cozinha. No entanto, também há o risco de que restem elementos tóxicos no condimento.

    Outro problema são as promessas milagrosas ligadas ao consumo do sal integral que viralizam nas redes sociais. O sal integral seria capaz de trazer benefícios como melhorar a hidratação, fornecer sais minerais essenciais para o organismo, e ajudar no sono, na energia e na imunidade – mas não existem estudos científicos que comprovem essas vantagens.

    De todo modo, a grande questão quanto ao sal é a quantidade a ser ingerida. Vale lembrar que o valor diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2.000 mg ou até 5 gramas de sal, já inclui o sódio presente em diversos alimentos e não se restringe apenas ao sal adicionado na alimentação.

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    As pitadas de sal adicionadas na comida podem acabar somando uma quantidade excessiva: acordo com o Ministério da Saúde, o consumo diário de sal no Brasil é o dobro do recomendado pela OMS, fator ligado ao número de doenças cardiovasculares no país.

    Quais os malefícios do sal?

    Os problemas derivados do consumo de sal estão relacionados à quantidade e não ao tipo de sal.

    O consumo excessivo do sódio está associado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e à ocorrência de AVCs.

    O sal, enquanto um ingrediente, não é um “vilão”, desde que consumido com bastante moderação. O cloreto e o sódio são compostos importantes para o funcionamento do organismo, e os sais processados ainda recebem adição de iodo, que não pode ser estocado pelo organismo e por isso deve ser constantemente consumido em pequenas quantidades.

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    Sabendo disso, na hora de escolher qual sal comprar, deve-se consultar o rótulo do produto para verificar a porcentagem de sódio e dos outros minerais.

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