Mais de 1,9 bilhão de adultos sofrem com obesidade em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, o cenário não é diferente: 52,5% da população está acima do peso – desses, 17,9% são obesos. “Estamos falando de uma doença crônica que precisa ser identificada, tratada e prevenida”, alerta a endocrinologista Cintia Cercato, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, a Abeso.
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“Não se trata de uma questão estética, mas, sim, de saúde”, esclarece a endocrinologista Rocio Della Colleta, gerente médica de obesidade da farmacêutica Novo Nordisk. O excesso de peso é um fator de risco para mais de 20 doenças crônicas, como o diabete tipo 2, a hipertensão, a apneia obstrutiva do sono e até alguns tipos de câncer, como os que acometem o pâncreas, o colo de útero e as mamas.
Pensando nisso, a Abeso lançou ontem, em São Paulo, a campanha “Obesidade é o que você não vê”. A ideia é desmitificar o assunto e ajudar a esclarecer a importância de estar em dia com a balança. No site da campanha, o leitor encontra informações úteis sobre o assunto. É possível, inclusive, calcular o seu peso ideal e ver dicas e atitudes que levam a uma vida mais saudável.
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A boa notícia é que geralmente não precisamos perder quilos e mais quilos para ter saúde. “A diminuição de 5 a 10% do peso, independentemente do valor inicial, já reduz o risco de diabete e de outros problemas, o que melhora a qualidade de vida”, revela o endocrinologista Marcio Mancini, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas de São Paulo.