Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Comer adequadamente é um direito. Se informar, também

Especialistas argumentam que é, sim, necessário apontar quais alimentos são mais ou menos adequados para a busca por saúde

Por Comitê gestor da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável*
Atualizado em 9 mar 2018, 10h33 - Publicado em 9 mar 2018, 10h01
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Falar sobre alimentação saudável e adequada nunca foi tão necessário. A notícia é fresca, e não se trata de fake news: a geração nascida entre os anos 1980 e 1990 está a caminho de se tornar o grupo com maior incidência de sobrepeso da História. Estamos deixando a subnutrição no passado para enfrentarmos uma crescente e assustadora crise global de obesidade – e todas as consequências fatais desse quadro.

    É consenso na comunidade científica – aquela que lidera pesquisas idôneas, sem conflitos de interesse – de que o aumento da presença de produtos ultraprocessados na dieta está diretamente ligado ao ganho de peso. Isso porque esse tipo de alimento, de uma maneira geral, tem altas quantidades de sódio, açúcar e gorduras, além de apresentar conservantes e aditivos químicos sobre os quais se sabe pouco a respeito de seus efeitos no longo prazo.

    Alguns defendem que não existem alimentos bons ou ruins, mas a verdade é que muitos produtos ultraprocessados colocam em risco nossa saúde e bem-estar. Uma latinha de refrigerante, por exemplo, contém 9,5 colheres de chá de açúcar, quando a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de uma ingestão de no máximo 6 colheres de chá por dia.

    Um empanado de frango congelado é capaz de oferecer 306% da quantidade de sódio indicada por dia para uma criança de 4 anos. Um cereal matinal tem cerca de 40% de toda a sua composição baseada no açúcar. Esses – e outros – são produtos que claramente oferecem risco à saúde, e é direito do consumidor saber o que come.

    Cada indivíduo é livre para escolher o que quer ingerir e a que riscos quer expor a sua saúde. É inadmissível o cerceamento de liberdades individuais. Porém, é igualmente inadmissível esconder informações necessárias e relevantes em termos técnicos, letras miúdas e porcentagens incalculáveis para a maior parte da população.

    Continua após a publicidade

    É como pedir que as pessoas comprem e comam sem saber o que de fato há dentro de cada produto. Oferecer informação correta e compreensível é dar liberdade para que os indivíduos tomem suas decisões.

    Assim pensam as mais importantes entidades de saúde, nutrição e bem-estar do Brasil. Juntas, em parceria com a Aliança pela Alimentação Saudável e Adequada, elas defendem um rótulo mais claro para todos os brasileiros.

    Ou seja, uma advertência que sinalize na parte da frente das embalagens, de forma direta, a presença em excesso de nutrientes prejudiciais à saúde. Não se trata aqui de demonizar esse ou aquele item, mas de garantir que todos tenham acesso à mesma informação e estejam conscientes de suas escolhas.

    Continua após a publicidade

    Rótulos mais claros, por si só, não resolvem o problema da obesidade – uma questão complexa e multifatorial. Eles precisam estar alinhados a outras estratégias, como as que promovem a divulgação de informação de qualidade e a educação da população para a gestão da própria alimentação, além de coibir a propaganda enganosa. Essas são ações complementares e não excludentes.

    Por fim, voltando ao início desse texto, falar sobre alimentação saudável e adequada é mais importante do que nunca. E, se na era do fake news é sempre recomendado verificar a veracidade da informação, é importante checar, também, as credenciais e intenções de quem se pronuncia. Informação é como água: se estiver contaminada, não serve.

    Em tempo: a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável reúne organizações da sociedade civil de interesse público, profissionais, associações e movimentos sociais com o objetivo de desenvolver e fortalecer ações coletivas que contribuam para a saúde e o bem-estar de todos.

    Continua após a publicidade

    Nossa agenda, nossa carta de princípios e a lista de organizações-membro estão divulgadas de forma transparente e acessível em nosso site, assim como a proposta de rotulagem que foi apresentada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Aliança não é apoiada por nenhuma empresa do setor de alimentos por entender que isso configuraria claro conflito de interesse.

    *Artigo elaborado pelo Comitê gestor da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.