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Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito

Alimentação, um trunfo para prevenir e controlar a hipertensão

Estudos comprovam os efeitos de ajustes no cardápio no controle da pressão arterial

Por Evandro José Cesarino e Carlos Alberto Machado, cardiologistas, e Luciene de Oliveira, nutricionista*
7 jan 2025, 11h41
Balança com alimentos para baixar a pressão
A alimentação é parte fundamental do controle da pressão arterial.  (Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital)
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Muito se especula sobre o papel de certos alimentos em melhorar (ou piorar) nossa saúde. E, não raro, somos surpreendidos por informações de fontes não médicas que mais confundem do que orientam.

Quando o assunto é hipertensão, não é diferente. Afinal, o sal em demasia realmente aumenta a pressão arterial (PA)? O consumo de qualquer quantidade de bebida alcóolica é contraindicado? Chocolate amargo está liberado? Probióticos contribuem para o controle da PA?

Essas e outras questões foram estudadas e evidenciadas cientificamente no artigo É Possível prevenir a hipertensão com a alimentação? O que dizem as evidências científicas a este respeito?, publicado na Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos estopins das doenças cardiovasculares e pode ser influenciada por fatores genéticos, ambientais e sociais. Estudos inseridos nas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão apontam que 30% dos brasileiros convivem com pressão alta em todas as faixas etárias e, após os 60 anos, esse percentual sobe para 60%.

A doença responde por 45% das mortes cardíacas e por 51% das fatalidades por outras causas, como as decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC).

O sal que atrapalha e os alimentos que ajudam

Entre as conclusões do estudo publicado pela Socesp, na lista de inimigos da boa pressão arterial está o sal. Quem ingere mais de 5 gramas por dia (recomendação da OMS e o brasileiro consome, em média, mais que o dobro, entre 10 e 12 gramas) corre risco de desenvolver hipertensão. O baixo consumo tem ação protetiva.

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Além disso, bebidas alcóolicas não deveriam fazer parte da rotina de quem quer controlar a HAS.

No ranking dos que cooperam com a saúde pressórica estão alimentos ricos em potássio. A suplementação com este eletrólito pode reduzir significativamente a pressão arterial. Abacate, açaí, bananas prata e nanica, mamão, uva, laranja, água de coco, feijão, ervilha, uva-passa e castanhas são exemplos dos in natura ricos em potássio.

Também concluiu-se que o magnésio funciona tanto para hipertensos como para pacientes com diabetes e doença arterial coronariana. Nozes, sementes, grãos integrais, legumes, vegetais de folhas verdes (como couve e brócolis), leite e iogurte são fontes naturais desse mineral.

As propriedades antioxidantes da vitamina C, que aumentam o óxido nítrico no organismo, auxiliam no controle da PA. Brócolis, salsa e couve e frutas, como laranja, tangerina, goiaba, mamão, manga e acerola são ricos nessa vitamina. O alho, muito mencionado para problemas cardiovasculares, previne a hipertensão devido sua ação no músculo liso do coração.

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Probióticos, encontrados em bebidas fermentadas e certos tipos de queijo, estão no time dos combatentes da hipertensão. Da mesma forma, o chocolate amargo foi associado a benefícios para quem convive com HAS: ele demonstrou redução de até 2,9 (sistólica) e de 2,4 na diastólica.

Em contrapartida, o estudo não comprovou que a substituição da manteiga por margarina, que reduz a incidência de infarto, é benéfica para a boa pressão, assim como o consumo de ovos não estabelece relação com a redução da PA. O cálcio e vitamina D entram na categoria de suplementações que requerem mais pesquisas para confirmar ajuda na manutenção dos bons níveis pressóricos.

+Leia também: Estes exercícios são os melhores para controlar a pressão

Cardápios celebrados

A adoção de dietas como a DASH e a mediterrânea, ambas ricas em frutas, hortaliças, legumes, azeite, cereais integrais e peixes, associadas a treinos físicos, deixam doenças como a hipertensão a uma distância segura. Porém, são cardápios mais caros em relação aos produtos ultraprocessados.

Por isso, precisamos estimular políticas públicas que tornem a “boa comida” acessível. E é papel dos profissionais de saúde orientar seus pacientes: a ingestão de produtos naturais em quantidades adequadas, constitui uma poderosa arma para combater a hipertensão.

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O Departamento de Nutrição da Socesp publicou um e-book gratuito com mais dicas sobre a importância de reduzir o sódio e aumentar o potássio na rotina alimentar, por exemplo.

Um estilo de vida saudável é sempre aliado para tratar/prevenir a hipertensão. Mas estamos diante de uma doença séria, que requer acompanhamento médico e que não exclui a necessidade do uso de fármacos quando prescritos.

E aqui nos deparamos com outra questão: levantamento da própria Socesp acusou que 50% dos cardiopatas ou pessoas com fatores de risco cardiovascular, como a hipertensão, negligenciam o uso de remédios para DCVs.

A manutenção de nossa saúde acontece graças a uma combinação de atitudes positivas perante a vida. E a responsabilidade é, sem dúvida, uma delas.

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*Evandro José Cesarino é cardiologista, coordenador científico do Departamento de Farmacologia da Socesp e professor doutor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (USP). Carlos Alberto Machado é cardiologista e assessor científico da Socesp. Luciene de Oliveira é integrante do Departamento de Nutrição da SOCESP e uma das organizadoras do E-book citado neste artigo

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