Corrida, ciclismo e as atividades aeróbicas em geral vinham recebendo mais atenção no combate ao diabetes nas últimas décadas. Mas os pesquisadores agora estão se debruçando sobre os efeitos da musculação — e um estudo do Hospital Universitário de Guangxi, na China, dá um bom exemplo disso.
Nele, 137 voluntários com pré-diabetes (quando os níveis de açúcar no sangue estão alterados, porém ainda não atingiram um patamar crítico) foram separados em quatro grupos. Um só puxou ferro, outro focou nos exercícios aeróbicos, o terceiro combinou as duas práticas e o último seguiu parado.
Após dois anos de intervenção, todos os participantes ativos possuíam um risco menor de progredir para o diabetes em si. “Mostramos que o treino resistido é uma opção viável para quem deseja evitar a doença”, afirma o educador físico Xia Dai, um dos autores do experimento.
Pré-diabetes não é pré-doença
Apesar do nome, essa condição já causa estragos. Sabe-se, por exemplo, que ela promove panes cardiovasculares. Ou seja, se a glicemia em jejum estiver entre 100 e 125 mg/dl, é fundamental rever hábitos e buscar apoio de um médico, inclusive com o intuito de evitar a progressão para o diabetes tipo 2.