8 doenças de pele comuns em pessoas negras e seus tratamentos
Dermatite atópica, alopecia por tração, melasma... conheça as condições que mais afetam a população preta e parda
Alopecias, dermatites, manchas, cicatrizes. O aparecimento desses sinais indica que você precisa redobrar os cuidados com a sua pele.
Para pessoas negras, que estão mais suscetíveis à manchas e certo tipos de câncer de pele, a fotoproteção contra raios ultravioletas e luz visível é indispensável, bem como um acompanhamento atencioso no tratamento de cicatrizes, pois o desenvolvimento de queloides é mais comum nessa população.
A seguir, saiba quais condições marcam mais a pele de pessoas pretas e pardas e quais são os cuidados para tratar e evitar cada uma delas.
Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp1. Alopecia de tração
É a perda de cabelo provocada pelo esticamento exagerado e constante dos fios. Pode causar vermelhidão e descamação no couro cabeludo, além de caroços.
Está associada ao uso contínuo de penteados apertados, como tranças e coques. O diagnóstico é clínico, feito por meio da avaliação de um dermatologista.
Em geral, são receitados medicamentos para o crescimento dos fios. O transplante capilar pode ser necessário em casos mais graves. O quadro pode ser revertido.
+ Leia também: Alopecia frontal fibrosante: a queda de cabelo que pode ser irreversível
2. Dermatite atópica
Inflamação crônica e hereditária da pele, muito comum nos primeiros anos de vida. Caracterizada por pele seca e coceira. É sete vezes mais comum que pacientes negros procurem atendimento dermatológico para tratá-la do que brancos.
Fatores genéticos e ambientais afetam o desenvolvimento da doença. Crises podem ser prevenidas com medidas de hidratação e redução de contato com alérgenos.
O tratamento consiste no uso de pomadas tópicas, corticoides e, em casos graves, imunoterapia com medicamentos que irão reduzir a inflamação e melhorar o quadro.
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3. Dermatite seborreica
Popularmente conhecida como caspa, essa dermatite se caracteriza pela descamação e hipopigmentação do local, como o couro cabeludo. Ocorre em qualquer idade.
Os mecanismos não são conhecidos. Pode estar ligada ao excesso de produção de sebo, à presença de alguns fungos e a mudanças hormonais.
É controlada com xampus e loções com composição específica, entre outros medicamentos que reduzem as inflamações nas glândulas sebáceas.
+ Leia também: O que é dermatite seborreica e como ela surge?
4. Dermatose papulosa nigra
Lesões benignas, marrons e arredondadas começam a aparecer na região do rosto e pescoço. Não costumam provocar sintomas, mas podem coçar levemente.
A causa é desconhecida. Sabe-se que metade daqueles que têm essa dermatose tem histórico familiar. Costumam aparecer conforme o envelhecimento.
Não exige tratamento porque normalmente não causa problemas ao paciente, mas as pápulas podem ser retiradas por motivos estéticos de diversas maneiras.
5. Líquen plano pigmentoso
Inflamação que pode afetar rosto, couro cabeludo, unhas e genitálias. Lesões iniciais são ovais, cinza e marrons. Pode despertar coceira, mas em geral isso não ocorre.
Liquens planos podem ser causados por ação microbiana ou agentes químicos. Neste caso, a doença é causada mesmo pela exposição à radiação solar.
É uma condição sazonal e crônica, que some e aparece ao longo da vida, sem haver uma cura definitiva. Ao controle podem ser úteis corticoides e antialérgicos.
+ Leia também: Dermatite herpetiforme: saiba as causas e como tratar
6. Melasma
São manchas escuras que surgem no rosto, principalmente, e que não geram incômodos. Têm formato irregular, apesar de a borda ser bem delimitada.
Não há uma causa para essa deposição permanente de melanina na pele, mas um fator de risco importante é ter histórico familiar, ser mulher e ter pele negra.
O uso diário de protetor solar defende a pele de novas agressões, e a aplicação de produtos clareadores é uma medida que pode ajudar a conter e clarear o melasma.
7. Queloide
Crescimento anormal do tecido derivado de um processo de cicatrização. São nódulos ou placas hiperpigmentadas, vermelhas ou rosadas.
O excesso de colágeno durante a cicatrização explica a formação dessa marca na pele. O risco de desenvolvê-la é algo familiar, mais comum em pessoas negras.
Cremes e pomadas funcionam para diminuir o crescimento da lesão, mas pode ser necessário complementar o tratamento com laser, crioterapia ou radiação.
+ Leia também: O que é queloide? Como tratar esse tipo de cicatriz?
8. Vitiligo
Doença crônica que provoca a despigmentação da pele, geralmente em áreas expostas ao sol. Costuma ser estigmatizante para pacientes negros.
A causa do vitiligo não é plenamente conhecida, mas está associada a fenômenos autoimunes e pode ser desencadeada ou agravada por abalos emocionais e traumas.
Medicamentos e uma série de recursos podem ser prescritos, como laser, fototerapia e transplantes de melanócitos. É preciso proteção extra contra os raios solares.