Edu Guedes não fará quimioterapia nem radioterapia contra câncer de pâncreas
Em remissão, apresentador removeu o tumor com cirurgia. Situação deve ser monitorada periodicamente

A assessoria de Edu Guedes, que recentemente se submeteu a uma cirurgia para remover um câncer no pâncreas, informou que o apresentador e chef não vai precisar passar por quimioterapia nem radioterapia na sequência do tratamento.
De acordo com informações divulgadas à imprensa, o quadro de saúde de Edu Guedes atualmente é considerado em remissão. Nessa fase, ele deverá ser acompanhado periodicamente pela equipe médica para monitorar a saúde e garantir que o câncer não reapareça, mas sem necessidade, ao menos até o momento, de passar por outras terapias.
Entenda melhor essa fase do enfrentamento ao câncer e o que pode acontecer a partir de agora.
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O que é a remissão?
A remissão é uma fase fundamental na busca por superar um câncer. Em linhas gerais, ela significa que a pessoa está respondendo positivamente aos tratamentos feitos até o momento.
Quando um paciente entra em remissão, há uma diminuição ou até mesmo o desaparecimento dos sintomas do câncer.
A notícia é sempre motivo de celebração, mas é importante recordar que a remissão não significa uma cura definitiva, nem o fim dos cuidados relacionados ao tumor. Por isso, um monitoramento contínuo e criterioso é essencial para detectar qualquer alteração negativa nos meses seguintes.
Uma remissão pode ser parcial ou completa. No primeiro caso, o tumor apresenta uma redução significativa, mas ainda pode ser detectado. No segundo, não há mais qualquer sinal da doença naquele momento. Não foram divulgadas informações sobre qual é o caso específico de Edu Guedes.
Quando o tratamento não precisa envolver quimioterapia ou radioterapia?
No contexto do câncer de pâncreas, a cirurgia é sempre considerada a melhor opção para tentar uma cura definitiva. O grande obstáculo para um prognóstico positivo é a dificuldade de diagnosticar o quadro cedo o bastante, antes de o tumor crescer e começar a afetar tecidos ao redor ou órgãos distantes (quando ocorre uma metástase).
Em geral, a cirurgia pode ser a única abordagem quando o câncer ainda é detectado em estágios iniciais e está bem contido no próprio pâncreas. Nesses casos, existe a possibilidade de removê-lo inteiramente sem que haja suspeita de células tumorais em outros lugares. Segundo a assessoria de Edu Guedes, esse seria o caso do apresentador, que teve o câncer descoberto ainda no início.
Entretanto, isso nem sempre é uma opção, e cada caso deve ser avaliado individualmente pela equipe oncológica que acompanha o paciente. Dependendo da situação, químio e radioterapia podem ser empregadas após a cirurgia ou até mesmo de forma neoadjuvante, nome dado ao tratamento feito antes da operação, buscando reduzir o tamanho do tumor para aumentar as chances de sucesso do procedimento cirúrgico.
O que acontece agora?
Uma vez constatada a remissão do câncer e confirmada a interrupção dos tratamentos, o paciente deve seguir fazendo exames rotineiros para se assegurar de que a doença não retornou. Análises de marcadores sanguíneos associados ao câncer e exames de imagem podem ser empregados, conforme a situação.
No caso de Edu Guedes, o acompanhamento será feito a cada três meses no primeiro ano. Caso seu quadro siga em remissão, o monitoramento pode se tornar semestral depois disso. Uma confirmação de cura, porém, só pode ser considerada pelos médicos após cinco anos sem sinais de volta do câncer.