Os piripaques cardíacos encabeçam o ranking das doenças que mais comprometem a expectativa (e a qualidade) de vida da população do planeta. Segundo a Organização Mundial da Saúde, todo ano 17,5 milhões de pessoas morrem no mundo em decorrência dos males cardiovasculares — sim, falamos da principal causa de morte no globo. No Brasil, o cenário não é diferente, e os desafios na prevenção e no tratamento são tremendos. Uma projeção da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, aponta que, até 2040, nosso país deve liderar a estatística de novos casos de problemas cardíacos per capita, com um aumento de 250% no número de infartos e outras complicações do gênero.
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Para os especialistas, essa perspectiva é resultado do estilo de vida da população, mais urbana e assolada por uma longa lista de ameaças ao peito, como obesidade, sedentarismo, hipertensão, diabete, colesterol alto, tabagismo, sono ruim, estresse crônico… Todos esses fatores maltratam as artérias e o músculo cardíaco progressivamente, e os sinais de que algo está errado podem demorar anos a dar as caras. Com o passar do tempo, a associação da predisposição genética com os hábitos nada saudáveis deixam sua marca na forma de depósitos de gordura nos vasos sanguíneos. Caso haja um bloqueio nas coronárias, as artérias que abastecem o coração, é o órgão que bombeia o sangue para o corpo quem sofre as consequências.
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A boa notícia é que é possível mudar esse roteiro dramático com ajustes na rotina e acompanhamento médico. Optar por um dia a dia mais ativo e balanceado e, se o profissional julgar adequado, seguir algumas condutas terapêuticas ajuda a evitar desfechos infelizes.