Priapismo: quando a ereção vira um problema de saúde
Entenda o quadro, que pode causar sérios danos quando não tratado

Muito se fala sobre a disfunção erétil, mas existe um problema que causa o oposto. Trata-se do priapismo, caracterizado por uma ereção prolongada e geralmente dolorosa.
O quadro pode acontecer mesmo sem estímulo sexual prévio. O pênis mantém-se ereto por um período de várias horas e não é capaz de retornar ao estado flácido. O nome faz referência a Priapo, deus da fertilidade na mitologia Grega.
Essa condição médica pode causar sérios danos quando não tratada, por isso é recomendado buscar atendimento emergencial.
O que causa o priapismo?
O priapismo está associado a inúmeras causas, embora os mecanismos responsáveis por desencadear o quadro não sejam totalmente compreendidos. Ele pode estar associado a:
- Medicamentos para disfunção erétil;
- Distúrbios hematológicos como anemia falciforme, talassemia e leucemia;
- Traumas na medula ou no pênis;
- Tumores;
- Picada de insetos, como a aranha-armadeira;
- Algumas drogas estimulantes, como a cocaína.
Mas, em algumas situações, o priapismo pode ser considerado idiopático, sem uma causa identificável.
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Sintomas do priapismo
O sintoma característico do priapismo é a ereção persistente, que não retorna à flacidez. Quando o pênis se mantém ereto por mais de 4 horas é sinal de alerta. Em alguns homens, o problema pode chegar a mais de 24 horas de duração.
A ereção continua mesmo sem desejo nem estimulação sexual e, com frequência, provoca dor intensa.
Há dois principais tipos de priapismo:
Isquêmico: caracterizado por uma ereção bastante dolorosa de cor vermelho escuro, causado pela baixa oxigenação no pênis. Posteriormente, pode levar à disfunção erétil, uma vez que afeta as estruturas do tecido peniano.
Não isquêmico: causado por um alto fluxo sanguíneo. Geralmente é uma condição menos dolorosa, num tom vermelho mais claro. É comum ocorrer por conta de traumas no local.
Como tratar o priapismo
O tratamento vai depender do tipo de priapismo e de sua causa. Algumas vezes, o priapismo não isquêmico pode ser solucionado por conta própria. No entanto, podem ser indicados tratamentos para normalizar o fluxo sanguíneo, conforme avaliação médica.
Já nos casos de priapismo isquêmico, o tratamento exige urgência e pode incluir:
- Medicamentos para interromper a ereção;
- Punções, para drenar o sangue e reduzir a pressão;
- Cirurgias para restabelecer o fluxo sanguíneo.
É fundamental procurar atendimento médico emergencial se forem observados sintomas de priapismo. Quando não tratada, a condição pode desencadear complicações como isquemia, coágulos e até gangrena.