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São Paulo confirma primeiro caso humano de febre amarela em 2025

Paciente esteve em Socorro, no interior do estado, uma das cidades que detectou animais infectados neste ano

Por Maurício Brum Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 jan 2025, 14h46 - Publicado em 14 jan 2025, 14h38
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Vacina da febre amarela é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (Foto: Rodrigo Nunes/MS)
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Após a identificação da doença em macacos mais cedo neste mês, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou o primeiro caso de febre amarela em humanos em 2025. O contágio ocorreu em um homem de 27 anos que reside na capital, mas visitou recentemente a cidade de Socorro, onde um caso da doença em primatas havia sido confirmado anteriormente.

Em 2024 inteiro, somente dois casos foram confirmados no estado o ano inteiro, um deles importado de Minas Gerais. A possibilidade do avanço da doença reforça a importância da vacinação em áreas de risco e de um maior conhecimento sobre esse problema de saúde.

+Leia também: O que é a febre amarela e quem deve se vacinar contra ela?

O que é a febre amarela?

A febre amarela é uma doença causada por um vírus, que por sua vez é transmitido pela picada de mosquitos infectados, que podem ser dos gêneros Haemagogus e Sebethes em áreas silvestres, ou o velho conhecido Aedes aegypti (o mesmo vetor da dengue e de outros vários problemas de saúde) no ambiente urbano.

Como não há casos urbanos desde a década de 1940, a doença hoje é considerada de ciclo silvestre e sem participação do Aedes. O ser humano entra como hospedeiro acidental ao ser picado por um mosquito em uma área onde o vírus circula, geralmente ao ingressar em zonas de mata.

Após o contágio, além da própria febre, as pessoas infectadas apresentam sintomas sistêmicos como dores de cabeça e pelo corpo (especialmente no abdômen e nas costas), mal-estar e perda de apetite. A maioria dos pacientes se recupera em um prazo de uma semana.

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No entanto, algumas pessoas podem apresentar agravamentos potencialmente fatais, como hemorragias, insuficiência renal e problemas hepáticos, caracterizados pela icterícia (este sintoma, por sinal, empresta o nome à doença, já que leva a pele e os olhos a adquirirem uma tonalidade amarelada).

A mortalidade da doença varia entre 20 e 50%.

+Leia também: Com mudanças climáticas, doenças causadas por mosquitos avançam pelo mundo

Macacos não transmitem a febre amarela

Apesar de aparecerem sempre em notícias sobre a doença, os macacos não passam o vírus para seres humanos: ela é transmitida somente pela picada de mosquitos. Os macacos são considerados “sentinelas” para avaliar se a doença está em circulação em uma determinada região.

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Muitas vezes, os primatas acabam sendo vítimas da desinformação e mortos, mas isso não resolve o problema. O principal método de prevenção contra a febre amarela é a vacinação. No momento, por serem casos esporádicos, não há indicação para aplicar a vacina em massa, mas ela deve ser feita por pessoas que nunca se imunizaram antes e que vivem em áreas onde foram detectados macacos doentes.

Em 2025, nove primatas com febre amarela já foram identificados em São Paulo: a maioria (sete) em Ribeirão Preto, com um caso cada nos municípios de Socorro e Pinhalzinho.

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