Os efeitos da exposição a drogas ilícitas durante a gravidez têm sido amplamente estudados. No entanto, ainda se sabe muito pouco sobre a influência da maconha no desenvolvimento do bebê — até as repercussões na saúde das mulheres grávidas ainda são desconhecidas. Numa realidade em que o uso médico e social da Cannabis sativa tem se tornado cada vez mais debatido em todo o mundo, é extremante necessário preencher essas lacunas científicas.
Pensando em fornecer respostas a essas dúvidas, cientistas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, investigaram quais seriam os possíveis efeitos negativos do uso de maconha por mulheres grávidas. Os experts revisaram 24 estudos já publicados sobre o tema. Eles notaram que, nas crianças, houve uma diminuição do peso de nascimento e uma maior propensão à internação na UTI-neonatal. As futuras mamães que fizeram uso da substância, por sua vez, tinham um risco maior de desenvolver anemia, uma deficiência nas células vermelhas do sangue, em comparação com aquelas que não utilizaram o produto.
Segundo os pesquisadores, esses resultados possuem limitações, já que muitos consumidores da Cannabis frequentemente também se valem de tabaco ou álcool. Assim, fica difícil determinar de que forma a maconha sozinha afeta a saúde do bebê e da gestante. Novos estudos, que controlem fatores como esses, deverão ser realizados para uma conclusão mais certeira sobre o assunto.