Ficar só (na medida certa) faz bem aos relacionamentos
Equilibrar socialização com momentos de solidão permite recarregar a bateria e se conectar consigo mesmo e com os outros

Passar um tempo no seu canto é crucial para repor as energias, desde que os momentos de introspecção e reclusão não se tornem muito intensos. Eis a lição de um estudo americano que avaliou mais de 800 pessoas e seus hábitos solitários.
Segundo a pesquisa, aqueles que cultivam a solitude, sem perder de vista o contato social, se sentem mais restaurados e interagem melhor com os outros do que os que preferem se isolar totalmente (inclusive na internet).
“Enquanto a interação social produz conexão e consome energia, a solidão tende a esgotar ambas”, resume Morgan Ross, o líder do experimento. “Precisamos aprender a balancear as duas coisas”, recomenda.
O estudo foi publicado no periódico PLOS One.
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Aprecie a sua companhia
Os benefícios de retirar-se por alguns momentos
Prazer
Dedique um tempo para realizar o que você acredita e o que o satisfaz.
Desapego
Aproveite a chance para fazer algo sem pressão ou imposição.
Opções
Não precisa escalar uma montanha. Pode começar indo ao cinema sozinho.
Autoexame
Não há como evitar a nós mesmos. Abrace qualidades e imperfeições.
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Solidão ou solitude?
Há uma grande diferença entre sentir-se só e escolher isolar-se.
“A solidão é um sentimento natural que pode ter repercussão negativa na saúde mental e física. Já a solitude envolve um afastamento voluntário, mais ligado à liberdade e ao autoconhecimento”, diferencia o neurologista Rodrigo Schultz, do projeto de acolhimento Tempo de Encontro em Solidão, da Impacthal Consultoria.
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