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Menopausa pode ser “tempestade perfeita” para o sofrimento psíquico

Mudanças hormonais, problemas no sono e a própria alteração na rotina podem gerar sintomas de ansiedade, depressão e até crises de pânico

Por Maurício Brum
31 jul 2025, 14h05
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Sintomas normalmente são passageiros, mas é importante buscar orientação profissional para enfrentá-los da melhor forma (karlyukav/Freepik)
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Mulheres atravessando o climatério, período que culmina com a menopausa e pode se estender anos, precisam aprender a conviver com uma série de sintomas novos nessa fase da vida.

As alterações no corpo e as famosas ondas de calor são bem conhecidas. Mas, além dos impactos físicos, as alterações hormonais também podem trazer consequências na saúde mental, que nem sempre recebem a devida atenção.

Especialmente quando o assunto são as mudanças psicológicas, é importante compreender o que pode ocorrer para conhecer as saídas e tornar essa época mais tranquila.

Lembre-se: mesmo que os sintomas geralmente sejam passageiros e parte natural desse processo, sempre que você sentir algo novo é uma boa ideia procurar orientação médica, para se certificar de que eles não são sinal de algo mais grave.

Por que a menopausa afeta a saúde mental?

A menopausa provoca um declínio nos níveis dos chamados hormônios sexuais femininos: o estrogênio e a progesterona (eles também existem em homens, mas em níveis bem menores). Embora estejam mais associados à vida reprodutiva, eles também têm um papel na síntese de outros hormônios que regulam nosso humor, como a dopamina e a serotonina.

Essas alterações podem levar a oscilações de humor, e ela não é exclusiva do climatério. Há quem já passe por algo parecido todo mês, na menstruação; outras pessoas podem sentir de forma mais intensa essas consequências na gestação ou após o parto.

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+Leia também: Em média, brasileiras entram na menopausa aos 48 anos; só metade se trata

Não é uma ciência exata: embora as mudanças nos hormônios sexuais efetivamente possam levar a distúrbios psíquicos, nem toda mulher vai ter esses sintomas ou percebê-los com a mesma intensidade. Em geral, há uma chance maior de sofrer com isso se você já teve crises no passado, mas episódios podem ocorrer mesmo sem histórico prévio.

Depressão, ansiedade e pânico

Quando o processo que leva à menopausa afeta seriamente a saúde mental, uma das consequências mais graves é a depressão. Estudos têm demonstrado uma conexão entre sintomas depressivos e alterações nos níveis de progesterona e estradiol (considerado o mais potente dos estrogênios), que são típicas da perimenopausa, o período “inicial” do climatério.

Esse é o processo mais bem compreendido pela ciência. A relação entre as flutuações hormonais e outras alterações de humor, como a ansiedade, ainda é alvo de estudos.

Não quer dizer que essas crises não existam (elas são bem conhecidas dos médicos e relatadas por muitas mulheres), mas que o mecanismo ainda não é bem compreendido pela ciência, já que não há uma correlação tão clara entre os níveis dos hormônios e o aparecimento dos sintomas.

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As crises podem estar relacionadas a uma combinação de fatores que vão além dos hormônios, como as próprias mudanças na rotina que ocorrem nessa fase. A menopausa costuma afetar muito o sono, e há uma associação significativa entre dormir mal e disfunções de saúde mental.

Um cenário menos comum, mas que também é vivenciado por algumas mulheres, são os ataques de pânico, marcados por crises intensas que vão além da cabeça, com sintomas pelo corpo.

+Leia também: O que é transtorno do pânico e como tratar

Como identificar os sintomas de um ataque de pânico e o que fazer

A grande diferença do ataque de pânico para outros impactos percebidos na saúde mental é a presença súbita de sintomas físicos. Eles incluem tremores, suor frio, tontura e taquicardia, que pode levar a falta de ar e dor no peito.

Muitas vezes, pode ser difícil separar um ataque de pânico na menopausa de um fogacho. Isso porque, em algumas mulheres, as ondas de calor são tão intensas e incômodas que acabam gerando, elas próprias, uma crise de ansiedade prévia, que somada aos outros sintomas pode ser confundida com o pânico.

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Em linhas gerais, a dica é perceber se você está ou não sentindo falta de ar, que é menos associada ao fogacho.

Durante uma crise de pânico, o ideal é procurar um ambiente tranquilo e fazer o possível para relaxar. Se tiver condições de fazer isso, sente-se, feche os olhos e se concentre apenas na própria respiração. Tente manter a calma e tenha em mente que os sintomas são passageiros.

Esses cuidados imediatos, porém, não substituem a atenção de um médico. Se você estiver passando pela menopausa e sofrendo com sintomas recorrentes de ansiedade, pânico ou depressão, é fundamental ouvir um especialista para entender melhor o quadro. Em algumas situações, conforme a gravidade, pode ser indicado acompanhamento com psicoterapia e medicamentos.

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