A maioria das pessoas que fuma maconha acredita que ela é uma aliada para fugir da insônia. Mas pesquisadores da Universidade Boston, nos Estados Unidos, resolveram tirar essa história a limpo e investigar o que de fato ocorre.
Eles reuniram dados de 98 voluntários com idade média de 20 anos. Dentre eles, 49 fumavam diariamente e 29 faziam uso da planta no mínimo uma vez por mês e no máximo cinco dias por semana — o restante não tinha esse hábito. Ao final do experimento, ficou claro que o primeiro grupo (que consumia o entorpecente de doming a domingo) possuía também mais problemas em relação ao sono.
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O que os experts não conseguiram esclarecer foi se essas pessoas já tinham os distúrbios e, por isso, fumavam mais em busca de alívio – ou se era mesmo a maconha que gerava noites em claro. Portanto, só dá para dizer que o uso ocasional de maconha está associado a dificuldades na hora de dormir. E, independentemente da droga, os cientistas ressaltam, com base em outros levantamentos, que pelo menos um terço dos indivíduos entre 18 a 25 anos se queixa de alterações no sono.
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Por enquanto, os autores da análise sugerem que mais estudos sejam realizados, já que sujeitos com ansiedade podem recorrer à maconha com regularidade exatamente para tentar amenizar seus problemas de sono. E talvez isso seja um baita tiro pela culatra.